Oito toneladas de carne estragada inviabilizam merenda escolar
Oito toneladas de carne destinadas à merenda de escolares de Marília estragaram-se na cozinha piloto, cuja administração está a cargo da Secretaria da Educação da cidade. Para apurar as responsabilidades, foi aprovada pela Câmara Municipal a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), uma vez que esse tipo de ocorrência não pode ficar impune. Devem ser identificados os verdadeiros responsáveis por esse absurdo, que resultou não só em danos à merenda das crianças como também aos cofres da prefeitura. O Ministério Público também está apurando o caso. Já tendo sido prefeito da cidade por três vezes, o deputado Abelardo Camarinha se pergunta como seria possível os responsáveis pela secretaria e pela cozinha não estarem cientes de que ali não há estrutura suficiente para armazenar oito toneladas de carne in natura. Para o deputado, essa falta de conhecimento por si só configura a negligência e a imperícia dos administradores na aquisição irresponsável e dolosa da carne. A princípio, a responsabilidade primária pela ação de comprar tal quantidade de carne sem saber se haveria onde armazená-la propriamente seria tanto do secretário da Educação à época, como da responsável pela cozinha piloto. O parlamentar aguarda as apurações do relatório da CPI, bem como acompanhará as conclusões do trabalho do Ministério Público.
